Utilizando a Inteligência Artificial para impulsionar a experiência do cliente

A implementação de Inteligência Artificial e chatbots personificados agrega valor ao atendimento e potencializa o Customer Experience.

Published ·19/12/2022

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As transformações que modernizam o mercado de Customer Experience andam lado a lado à evolução tecnológica, marcada hoje pela Inteligência Artificial.

A experiência do cliente e o atendimento ao consumidor vêm acompanhando os avanços tecnológicos desde a popularização dos computadores até a ascensão dos smartphones, que concentram o mundo todo na palma das mãos. 

Hoje, a Inteligência Artificial tornou-se indispensável para oferecer uma experiência contínua e positiva aos consumidores. A implementação de chatbots e assistentes virtuais, intercalada ao atendimento humano, passou a ser uma potente fórmula de impulsionamento do CX. 

Inteligência Artificial e qualidade no atendimento ao cliente

Com os consumidores exigindo cada vez mais agilidade e autonomia para resolver seus próprios problemas, as marcas precisam apostar no autoatendimento. Neste contexto, a Inteligência Artificial é mais do que necessária para oferecer um atendimento 24/7 de qualidade. 

Além de transformarem a experiência do cliente, os bots de atendimento também melhoram a experiência do colaborador e agregam mais valor ao atendimento humano.

“Muitas vezes [o bot] faz o papel de qualificar o atendimento e, potencialmente, gerar um resultado positivo que é a redução do tempo de atendimento desse consumidor. […] Então a experiência do consumidor fica mais ágil, e o analista também consegue ser mais eficiente no atendimento ao cliente” comenta Julia Hernandez, Global CX Project Manager and SME do Foundever.

Essa “qualificação” citada por Hernandez, diz respeito, em grande parte, aos dados dos clientes. As IAs são programadas para solicitar aos clientes os dados que a empresa considera necessários para alavancar um procedimento, por exemplo, e o faz de forma muito mais rápida e eficiente que os humanos. 

Além disso, os bots são capazes de armazenar históricos de chats que contém informações cuja apuração e análise é extremamente relevante para a marca. Isso faz com que a empresa tenha acesso aos problemas mais comuns, principais motivos de procura e demais necessidades buscadas pelo cliente, o que possibilita que a marca preveja possíveis desafios e supere as expectativas do consumidor. 

Personificando bots

Entretanto, a perda do toque humanizado ainda é um dos principais receios e desafios a serem superados pelas marcas que implementam a Inteligência Artificial no atendimento ao cliente.

Apesar de o atendimento humano ser insubstituível, é preciso buscar ao máximo aproximar os bots de uma postura empática e amigável. Por isso, os chatbots devem ser desenvolvidos como uma personificação da marca, com tom de voz e identidade própria, para de fato impulsionar a experiência do cliente. 

Com uma gama de conhecimentos acessíveis para diversos tipos de questionamentos e soluções de problemas do consumidor, somados a um tom de voz único, gênero, características autênticas e uma boa dose de empatia, os chatbots adotam uma persona própria, que garante um toque humanizado e personalizado ao atendimento ao cliente. 

Iana: metade sereia e metade humana

Um dos maiores cases de sucesso do Foundever tem personalidade própria. Iana, a chatbot da Havaianas é caracterizada por ser metade sereia e metade humana, como se apresenta aos consumidores durante o atendimento. 

Iana é uma jovem descontraída, carioca, apaixonada pelo verão, que vai de encontro à identidade que a marca. “Trabalhamos muito com a equipe de marketing de Havaianas para  definirmos como seria a personalidade da Iana, nossa persona, então ela é brasileira, tem faixa etária, tem signo, Todas as características e a criação da persona foram feitas diretamente com Havaianas”, conta Julia.

Iana foi criada para solucionar as altas demandas de atendimento e agregar mais agilidade e eficácia ao processo, bem como para otimizar o processo de trocas de produtos.

E os resultados são notavelmente positivos: o atendimento realizado pela Iana possui uma taxa de retenção, ou seja, casos em que os clientes tiveram suas dúvidas e demandas atendidas pelo bot e não solicitaram a ajuda de um atendente humano, de mais de 85%. 

Esse número é ainda mais impressionante ao considerarmos que na Black Friday de 2020, ano de seu lançamento, a bot contou com mais de 100.000 acessos. Esses números comprovam a eficiência das inteligências artificiais e a sua capacidade de impulsionar a experiência do cliente.

Além disso, os bots proporcionam uma agilidade inigualável para as empresas. No caso da Havaianas, o processo de solicitação de troca de produtos, cuja análise por si só costumava levar um prazo de aproximadamente duas semanas, hoje é feito em dois minutos. 

Isso porque, anteriormente, cada produto precisava ser individualmente analisado por um agente e, agora, com um bot capaz de analisar imagens enviadas pelos clientes, o processo, incluindo a coleta de dados pessoais, pode ser feito em instantes.

Finalmente, os dados provam o sucesso dos bots, não somente para o consumidor mas também para a marca. A Iana, cuja aplicação coincidiu com o início da época de lockdown, foi crucial para o bom funcionamento do atendimento da marca no período pandêmico. 

Hoje, a chatbot segue sendo extremamente relevante pois, além de personificar e humanizar a marca, traz agilidade e autonomia para os consumidores e desafoga a demanda dos agentes da linha de frente da empresa. 

“Uma das coisas que faz mais diferença é a questão da integração. Hoje, conseguimos fazer um bot que faz muito mais que apenas tirar dúvidas. Nós conseguimos capacitá-lo e torná-lo uma ferramenta importantíssima para a empresa, na forma de uma ‘integração de autosserviço’, ou seja, eu empodero o meu consumidor para realizar diversas tarefas sem depender de ninguém. Então ele consegue solucionar seus problemas com muito mais agilidade”, finaliza a  Global CX Project Manager and SME do Foundever.