Conforme a digitalização segue em constante evolução, a sofisticação e a frequência dos ataques cibernéticos está aumentando. E, no caso de uma violação na segurança do sistema, o nível de danos financeiros e de reputação recai sobre a empresa atingida. Em muitos casos, ataques podem ser decorrentes de falhas humanas. Por isso, investir em uma cultura de segurança é fundamental para a preservação de dados da empresa.
Além disso, no CX, a tecnologia é central para as operações, e quando se trata de segurança cibernética, os colaboradores também são impactados com os riscos.
A crescente dependência tecnológica aumentou a área de superfície de ataque cibernético de todas as empresas. Por isso, uma cultura de segurança é fundamental para qualquer empresa moderna e é sobre este tema que veremos detalhadamente em nosso artigo:
- O que é uma cultura de segurança?;
- Como desenvolver uma cultura de segurança?;
- Medidas de aprimoramento.
O que é uma cultura de segurança?
Para estabelecer uma cultura de segurança, é necessário cultivar reconhecimento sobre o assunto com toda a equipe: cada colaborador deve reconhecer que tem uma responsabilidade individual e coletiva para manter o negócio seguro.
Trata-se de tornar a segurança uma prioridade empresarial em vez de um fardo e, ao fazer isso, tornar os colaboradores participantes ativos na mitigação de riscos. Quando a segurança está em primeiro plano e a adesão às melhores práticas é reconhecida e recompensada, o time é capacitado para relatar comportamentos ou incidentes preocupantes e entender seu papel e as ações a serem tomadas se um incidente surgir.
Uma verdadeira cultura de segurança vai além da amplitude e profundidade da equipe de segurança de uma organização. Ela remove gaps operacionais ou de gerenciamento e alinha diretamente a liderança com o time, fazendo com que todos assumam o papel de profissionais de segurança para que eles possam sempre agir para o bem maior da organização.
Como desenvolver uma cultura de segurança?
Criar uma cultura de segurança não é apenas desafiador, é um trabalho contínuo: uma vez estabelecida, ela deve seguir melhorada e refinada conforme os cenários de ameaças mudam e novas ferramentas e processos são desenvolvidos.
Metade dos profissionais de segurança acredita que seu conselho de administração vê a segurança como um custo de fazer negócios e 65% dos executivos tratam a segurança da informação como uma atividade de redução de risco.
No entanto, a comunicação aberta e direta entre os membros do conselho e todos os departamentos encarregados da mecânica da segurança é crucial para impulsionar a mudança porque, assim como qualquer outro aspecto da cultura corporativa, a segurança precisa ser patrocinada no nível executivo.
Os profissionais de segurança também precisam pensar sobre como se comunicam e articulam seu entendimento e experiência. Não apresente a segurança e a mitigação de riscos como conceitos abstratos, aplique-os à realidade empresarial.
Medidas de aprimoramento
Conscientização de segurança
Uma vez que a liderança esteja alinhada, é possível fazer mudanças em outros níveis da organização, começando com uma auditoria da conscientização de segurança dos colaboradores e necessidades de treinamento. A educação da equipe e o treinamento contínuo serão fundamentais para a conscientização de segurança.
Lembretes e reforços
Use uma intranet da empresa, reuniões semanais de equipe ou boletins informativos por e-mail para lembrar o time, em linguagem simples, por que a empresa tem processos e melhores práticas em vigor.
Use os mesmos canais para chamar a atenção para colaboradores que identificarem ou interromperem uma ameaça potencial mas também para parabenizar os que passaram por qualificações de segurança. Celebrar essas conquistas intensifica o clima de motivação.
Crie adesão
Junto com cursos formais de aprendizado e desenvolvimento, aproveite a gamificação, seja por meio de questionários com prêmios, micro cursos baseados em vídeo ou outros tipos de desafios (individuais ou de equipe) para tornar a conscientização envolvente e até competitiva.
Ensino personalizado
O treinamento formal de segurança deve ser adaptado às funções e responsabilidades de cada colaborador para que seja colocado no contexto profissional correto e, portanto, mais fácil de assimilar e colocar em prática.
Assim como para funções individuais, o treinamento deve, é claro, ser adaptado a ameaças novas e emergentes ou novos padrões e processos conforme eles surgem.
Cultive a conformidade
Um dos maiores desafios de criar uma cultura de segurança é a responsabilidade pessoal. Cada membro da equipe precisa estar ciente de como suas ações podem impactar a organização mais ampla e, portanto, precisam aprender a assumir responsabilidade pessoal.
Isso pode ser alcançado em parte aumentando ou reduzindo os níveis de autonomia de um colaborador com base em suas atitudes em relação à segurança e tornando equipes ou departamentos coletivamente responsáveis pela segurança — por exemplo, fornecendo críticas construtivas ou suporte a membros individuais que são menos engajados ou demonstram níveis mais baixos de compreensão.
Interação inclusiva
Os colaboradores devem ser capazes de fornecer facilmente feedback e opiniões ou expressar preocupações sobre políticas de segurança e essas percepções devem ser compartilhadas com a empresa. Isso ajudará a reforçar a segurança como um elemento-chave da cultura corporativa.
Quando uma organização cria e mantém com sucesso uma cultura de segurança, seu time se torna sua primeira e mais forte linha de defesa.
À medida que a frequência, o custo e os potenciais danos à reputação resultantes de violações de dados e ataques cibernéticos continuam a aumentar, garanta que seus parceiros de negócios tenham uma abordagem de melhores práticas para a segurança de informações e sistemas.